12 janeiro 2011

Ponto de partida para a harmonia

Jornal de Angola Online




A Palavra do Director
Filomeno Manaças|



 Fiéis da Igreja Metodista e responsáveis do Ministério da Família e Promoção da Mulher saíram ontem à rua para lembrar que a sociedade deve redobrar os esforços na luta contra a violência doméstica. A marcha de apoio à aprovação pela Assembleia Nacional da Lei contra a Violência Doméstica, que percorreu algumas artérias da cidade de Luanda e terminou com vários pronunciamentos, não se tratou de um simples acto de repúdio à violência doméstica. A dimensão dos apelos lançados ao combate ao fenómeno tem como preocupação fundamental a necessidade de os angolanos abraçarem valores que contribuam para a criação de famílias estáveis, saudáveis, e deste modo colaborarem para uma sociedade de progresso e desenvolvimento, que procura de forma esclarecida as soluções para a variedade de problemas complexos que se nos apresentam.
A família é o ponto de partida para a harmonia em sociedade e por isso o Executivo entendeu por bem, além de outras medidas legislativas já adoptadas para a sua protecção, encarar de outro modo o fenómeno da violência doméstica, com vista a induzir mudanças de mentalidade em relação a modelos de relação social que colidem com princípios como o respeito da dignidade humana, da integridade física e da própria personalidade moral.
Banalizada em alguns meios sociais, a violência doméstica tem agora as pernas cortadas com a aprovação, ocorrida a 14 de Dezembro, de uma lei específica que lhe dá tratamento adequado, no qual avultam como aspectos essenciais o facto de o crime agora ser considerado público, e, por outro, de o surgimento da legislação vir impulsionar celeridade processual na abordagem de situações que caiam no seu âmbito. A moralização da sociedade passa também pela construção de uma família forte. Forte nos princípios, forte nas suas relações, forte na formação dos seus membros, forte na sua inserção social, enfim, forte na compreensão de que todos temos direitos e deveres a cumprir e de que o respeito e amor ao próximo são a base fundamental para se alcançar muitos dos objectivos a que nos propomos, sendo o papel da igreja, nesta caminhada, imprescindível, tendo em conta a função de parceira na formação moral do indivíduo.
 Fonte: www.jornaldeanogla.sapo.ao



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